Empresária agredida por homem que conheceu na internet recebe alta

Elaine Caparróz deve demorar de três a seis meses para se recuperar, segundo hospital

Reprodução / Instagram
'Não consigo reconhecê-la', diz irmão de empresária
'Não consigo reconhecê-la', diz irmão de empresária

 

A empresária Elaine Caparróz, 55, teve alta na manhã desta sexta-feira (22) do Hospital Casa de Portugal na zona norte do Rio, cinco dias após ser internada pelas agressões sofridas em seu apartamento após se encontrar com o estudante de direito Vinícius Batista Serra. A paciente saiu da unidade sem falar com a imprensa e é aguardada para prestar depoimento sobre o caso na 16ª Delegacia Policial.

No hospital, o médico Hélio Primo, coordenador da clínica médica da Casa de Portugal, disse que a recuperação da empresária deve demorar de três a seis meses. Elaine teve um deslocamento de retina e, por isso, deixou o hospital com a visão ainda prejudicada.

"Ela teve excelente evolução. A parte clínica foi estabilizada e a parte emocional vai ser um caminho longo pela frente. Não vejo indicação para operar nos próximos seis meses. Ela não tem osso fora do lugar, só [questão] estética. Ela teve deslocamento de retina, um glaucoma traumático no olho esquerdo, isso faz com que visão dela fique embaçada. Mas isso recupera totalmente. Teve perda de dente também. Face e tórax foram mais afetados", explicou Primo.

Elaine foi socorrida primeiramente no hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e depois foi transferida para o hospital Casa Portugal. A empresária precisou de quase 80 pontos na boca, fraturou o nariz e os ossos que cercam os olhos. Ela também perdeu um dente e vai precisar passar por cirurgia plástica.

Na segunda (18), o estudante de direito Vinícius Batista Serra, preso em flagrante por agredir a empresária, teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado para o Complexo Prisional de Benfica, na zona norte. Nesta quinta (21), o agressor foi levado para o hospital psiquiátrico Roberto Medeiros, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, para avaliação de sanidade mental.

A empresária foi agredida dentro do seu imóvel na Barra da Tijuca, após marcar um jantar com Vinícius Serra, 27, que conheceu pela internet. Os dois trocaram mensagens por oito meses antes de marcar o primeiro encontro. A empresária contou que os dois jantaram e que depois ele pediu para dormir na casa dela.

"Eu acordei com ele esmurrando a minha cara", contou a empresária. A vítima foi agredida durante quatro horas. Ela gritou por ajuda. Funcionários do prédio acionaram a polícia e impediram que o agressor deixasse o condomínio.

Nesta semana, o porteiro Juciley Souza Andrade, 44, que salvou a vida da empresária, afirmou que se ele demorasse mais 10 ou 15 minutos para socorrer a vítima, a mulher estaria morta. "Nunca vi um cenário como aquele em que a encontrei", contou, lembrando que havia sangue por todo lado.

Folha de São Paulo

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